Embora os livros de Fludd não sejam de fácil leitura, sua grande inspiração não está tanto em suas palavras quanto em suas ilustrações, que desenhou para acompanhar seus escritos. Vários fatores conspiraram para preparar o solo para esta abordagem, na qual o material gráfico desempenhava uma parte tão proeminente. Primeiro havia a imensa popularidade dos livros emblemáticos, nos quais símbolos pictóricos eram combinados com motos e poemas para marcar um ponto ético ou filosófico, ou somente para conceituar. Inúmeros livros emblemáticos seguiram este protótipo, dentre os quais destaca-se “Emblemata” de Alciati (1531), e continuaram até o século XVII. A ideia de que uma imagem poderia mostrar o que palavras não poderiam dizer também fomentou textos alquímicos lindamente ilustrados que apareceram em grande número nos cinquenta anos ao redor de 1600. Quando xilogravuras cederam lugar a gravuras em cobre como meio favorito de imprimir tais figuras, a qualidade da ilustração melhorou sobremaneira: uma mudança para a qual Theodore de Bry, pai do editor de Fludd, Johann Theodore, foi responsável através de seus livros ilustrados descrevendo a América e ouras descobertas recentes. Johann Theodore de Bry ele mesmo montou as pranchas das gravuras da primeira parte da “História do Macrocosmo” de Fludd; assinou também o simpático retrato de Fludd na “Philosophia Sacra” e a página título do “De Natura Simia”, o tratado mais copiosamente ilustrado.
O dom de Fludd de sumarizar longas explicações em forma diagramática torna possível compreender muito de sua filosofia de suas gravuras apenas, mas Joscelyn Godwin em fascinante livro, “Robert Fludd: Hermetic Philosopher and Surveyor of 2 Worlds”, anotou-as para facilitar ainda mais a leitura de seus símbolos.