K: Eis o contentamento de que não podes mudar a ti mesmo, pois não há um segundo (um outro) a mudar.
Q: Mas isto não é contentamento.
K: Digo que isto é a natureza do contentamento. Não para ti mas para Isso-que-és. Queres controlar, pois para ti é dor.
Q: Sim.
K: Isto é o que mereces minha querida. Vem junto. Todo momento que queres controlar a ti mesmo, conhecer a ti mesmo, sofres! Todo momento que queres estar em conforto, que queres possuir conforto, sofres não tê-lo. Mas, pelo contrário, é tão fácil ser conforto, mas nunca o possuirás relativamente. Só podes sê-lo! E não há qualquer ideia do que és ou não és, e não há nenhuma possibilidade de sofrer por causa de um segundo, porque não há segundo (advaita). Mas a qualquer momento que queiras ter conforto, és/estás em desconforto. Dane-se tudo! É de qualquer maneira como é.