P: Quando usas a frase “Realização do Ser”, seria o mesmo que maya?
K: Maya é somente quando queres te realizar nessa realização – isso é a maya. O sonho é somente quando te dispões a te encontra na realização – isso é a maya.
P: Quando o Si Mesmo está se realizando … isso não é maya?
K: Não. Maya é a ilusão de que podes te encontrar nessa realização – que és algo que pode ser encontrado nessa realização. Isso é o que chamaria de maya. Que és o realizador diferente do que é realizado – isso é maya.
Então, quando te descobristes a ti mesmo nessa realização, se és um objeto de realização, isso é a maya. Caso contrário, não há maya, existe apenas o Si Mesmo.
Q: Nesse sentido, és o que é a maya …
K: És Isso que é (Tat tvam asi) a maya, mas não conhecendo qualquer maya. Isso que é ignorância não conhecendo qualquer ignorância. Mas quando estás na maya, então és alguém que conhece maya e então há maya. É preciso um alguém que defina maya.
K: Sim E há um conhecedor, conhecendo ou não conhecendo – isso é maia. Quando o definidor está aí definindo algo – isso é maya. Caso contrário, não há maya. Não há nem mesmo o Si Mesmo.
P: Nesse sentido, não há realização do Si Mesmo além do Si Mesmo …
K: Não há nem mesmo realização.
Q: Não precisa realizar …
K: Na ausência de qualquer um que defina alguma coisa, não há real nem realização.
Q: Nem conhecendo nem não conhecendo …
K: Nem-nem. Neti-neti.