Karl Renz (KRES) – Maya

P: Quando usas a frase “Realização do Ser”, seria o mesmo que maya?

K: Maya é somente quando queres te realizar nessa realização – isso é a maya. O sonho é somente quando te dispões a te encontra na realização – isso é a maya.

P: Quando o Si Mesmo está se realizando … isso não é maya?

K: Não. Maya é a ilusão de que podes te encontrar nessa realização – que és algo que pode ser encontrado nessa realização. Isso é o que chamaria de maya. Que és o realizador diferente do que é realizado – isso é maya.

Então, quando te descobristes a ti mesmo nessa realização, se és um objeto de realização, isso é a maya. Caso contrário, não há maya, existe apenas o Si Mesmo.

Q: Nesse sentido, és o que é a maya

K: És Isso que é (Tat tvam asi) a maya, mas não conhecendo qualquer maya. Isso que é ignorância não conhecendo qualquer ignorância. Mas quando estás na maya, então és alguém que conhece maya e então há maya. É preciso um alguém que defina maya.

Q: Conhecer maya é maya

K: Sim E há um conhecedor, conhecendo ou não conhecendo – isso é maia. Quando o definidor está aí definindo algo – isso é maya. Caso contrário, não há maya. Não há nem mesmo o Si Mesmo.

P: Nesse sentido, não há realização do Si Mesmo além do Si Mesmo …

K: Não há nem mesmo realização.

Q: Não precisa realizar …

K: Na ausência de qualquer um que defina alguma coisa, não há real nem realização.

Q: Nem conhecendo nem não conhecendo …

K: Nem-nem. Neti-neti.