P: O mesmo acontece com a boa companhia, que também vem no Vedanta?
K: Não. Vedanta não é boa companhia.
P: Então, o que é boa companhia?
K: A ausência. A ausência de qualquer presença de qualquer companhia. Isso é boa companhia. A ausência da ideia de boa companhia, isso é boa companhia. Mas qualquer ideia Vedanta de boa companhia é má companhia, você vai para a cama com isso e acorda com isso.
P: Mas parece que…
K: Parece, sempre parece, parece, parece. Aparentemente. Não é bom estar comigo, com certeza não!
P: Não com você, mas…
K: Eu nem gosto de estar comigo, como posso dizer que é bom estar comigo?
P: Então é a mesma coisa com o que parece ser uma boa companhia, como sentar-se para conversar com você…
K: Desde que você esteja sentado em algum lugar com alguém, isso é má companhia.
P: E isso é apenas relativo, sempre?
K: Sim, essa é uma má companhia relativa. E depois você pode ter uma boa companhia relativa. Mas ambas são más companhias.
P: Mas, apesar da má companhia…
K: Você não tem companhia.
P: Mas nós estamos sentados aqui.
K: Apesar de não precisar de companhia, você está experimentando companhia. Mas não porque você precise dela. Não é porque haja uma necessidade de companhia. Você não pode deixar de ter companhia porque, a qualquer momento em que está acordado, está em companhia. Você está na companhia do que você é. A grande companhia. LTD ilimitado.