Pseudônimo de John Woodroffe, um dos grande estudiosos das tradições da Índia, em especial do Tantra.
Obras:
A. Avalon, La puissance du serpent. Introduction au tantrisrne — 1918; O poder da serpente. Introdução ao tantrismo —, trad. do ing., Dervy-Livres, 1971, p. 155.
É evidente ter ocorrido uma confusão desse gênero no caso da identificação de Glastonbury à ilha de Avalon. Essa identificação, realmente, é incompatível com o fato de que essa ilha sempre foi considerada como um local inacessível; e, por outro lado, está também em contradição com a opinião muito mais plausível que vê, na mesma região de Somerset, o “reino de Logres”, do qual se diz de fato que estava situado na Grã-Bretanha. Quanto ao nome Avalon, é visivelmente idêntico a Ablun ou Belen, ou seja, o Apolo céltico e hiperbóreo, de modo que a ilha de Avalon nada mais é que uma outra designação da “terra solar” (v. Terra do Sol), que foi também transportada simbolicamente do Norte para o Oeste numa certa época, em correspondência com uma das principais mudanças ocorridas nas formas tradicionais no transcurso de nosso Manvantara. Essa transferência, tal como a da sapta-riksha da Ursa Maior para as Plêiades, corresponde em particular a uma mudança do ponto de partida do ano, solsticial de início e depois equinocial. A significação de “pomo”, atribuída ao nome Avalon, sem dúvida secundariamente, nas línguas célticas, não está de modo algum em oposição ao que acabamos de dizer, pois trata-se, então, dos pomos de ouro do “Jardim das Hespérides”, ou seja, dos frutos solares da “Arvore do Mundo”. (Guénon)