Emmanuel

CABALA – CRISTO E SHEKINAH

Roberto Pla
O que se descreve com o nascimento do “filho” em Isaías é o “sinal de Deus”, o nascido da donzela virginal que o profeta denomina Emmanuel, “Deus conosco”. Com ele se anuncia a grande experiência, a superior revelação religiosa no acontecer do eleito. No entanto, desde a vertente manifesta, o Emmanuel isaiano serve no Evangelho de Mateus como “plenitude e atualização do sentido bíblico” cristológico quando o evangelista recorre a Isaías.

Enquanto signo manifesto esta plenitude deve ser entendida como um modelo de promessa-cumprimento de um fato sagrado que se anunciou no AT, mas desde a vertente oculta serve ao hagiógrafo neotestamentário como justificação. O nascimento dificilmente crível por muitos, do Cristo-Senhor da promessa, Deus conosco, havia tido seu antecedente e seu cumprimento documentado no profeta.

Com grande precisão de linguagem, não diz o quarto evangelista que Isaías “viu ao Filho”, mas que “viu sua glória”. Mas sempre que os evangelistas se referem a Vinda do Filho do homem descrevem sua chegada “com grande poder e glória”. Marcos agrega: “para reunir (unir em um só) a seus eleitos”.