Nicolau II papa 1059-61 (n. c. 980) Seu breve pontificado produziu numerosas medidas altamente significativas, prenunciando o movimento reformista gregoriano. Após a morte do papa Estêvão IX, houve um cisma, com o partido romano nomeando Bento X, ao passo que os reformistas elegeram Nicolau II, um borgonhês e ex-bispo de Florença. Para impedir tais divisões no futuro, Nicolau promulgou em abril de 1059 um decreto papal pelo qual os pontífices seriam eleitos por um colégio de cardeais e por iniciativa dos cardeais-bispos, reduzindo assim a influência da aristocracia romana e a interferência imperial em eleições papais. Nicolau hostilizou ainda mais o imperador ao estabelecer relações amistosas com a França e com os patarinos em Milão. No Concílio de Melfi (agosto de 1059), Nicolau formou uma aliança com os normandos da Itália meridional, e seu reconhecimento da posição normanda foi uma clara rejeição das pretensões imperiais na Itália. Em resposta, um sínodo na Alemanha condenou Nicolau e declarou nulos seus atos. Assim, o seu pontificado prenunciou o acerbo conflito entre o Império e o Papado. Com sua morte, novo cisma ocorreu, com a eleição de dois papas, Alexandre II e Honório II. (DIM)