Em certo período, o nome sapta-riksha foi aplicado, não mais à Ursa Maior, porém às Plêiades, que compreendem também sete estrelas; essa transferência de uma constelação polar para uma constelação zodiacal corresponde à passagem do simbolismo solsticial ao simbolismo equinocial, que implica a mudança do ponto de partida do ciclo anual, bem como a ordem de predominância dos pontos cardeais que estão em relação com as diferentes fases desse ciclo (a translação da Balança no Zodíaco tem, naturalmente, uma significação similar). Essa mudança, no caso, processou-se do norte para o oeste e se refere ao período atlante, o que pode ser claramente confirmado pelo fato de que, para os gregos, as Plêiades eram filhas de Atlas e, como tais, também denominadas Atlântidas. Transferências desse gênero são com frequência a causa de múltiplas confusões, pois os mesmos nomes receberam, segundo os períodos, aplicações diferentes. Isso vale tanto para as regiões terrestres como para as constelações celestes, de modo que nem sempre é fácil determinar ao que se referem exatamente em cada caso. Mesmo assim, isso só é possível sob a condição de relacionarmos suas diversas “localizações” às características próprias das formas tradicionais correspondentes, tal como fizemos com o sapta-riksha. (Guénon)