O “remontar a corrente” ou “subir a corrente”, é talvez o mais notável sob certos aspectos, pois deve-se então conceber o rio como identificado ao “Eixo do Mundo”: trata-se do “rio celeste” que desce para a terra. Na Cabala também se fala das águas que “correm para o alto”, expressão do retorno à fonte celeste representado então, não mais pelo remontar a corrente, mas pela inversão de direção da própria corrente. Existe aí uma “reversão” que, por outro lado, como indica Coomaraswamy, estava figurada nos ritos védicos pelo poste sacrificial, outra imagem do “Eixo do Mundo”. E vê-se de imediato que tudo isso se liga estreitamente ao simbolismo da “árvore invertida”. (Guénon)
remontar a corrente
in René Guénon