Senhor da Eternidade

É fácil compreender que Jano representa verdadeiramente Aquele que é, não só o “Senhor do tríplice tempo” (designação que é de igual modo aplicada a Shiva na doutrina hindu),7 mas também, e antes de tudo, o “Senhor da Eternidade”. Cristo, escrevia ainda a esse respeito o sr. Charbonneau-Lassay, domina o passado e o futuro; coeterno com seu Pai, é como ele o “Ancestral dos Dias”: “No princípio era o verbo”, diz São João. Ele é também o pai e o senhor dos séculos vindouros: Jesu pater futuri saeculi, repete diariamente a Igreja Romana, e Ele próprio se proclama o começo e o final de tudo: “Eu sou o alfa e o ômega, o princípio e o fim”. “É o ‘Senhor da Eternidade’.” (Guénon)