simbólico

O simbólico, segundo J. Lacan, é um dos três registros essenciais que ele distingue no campo da psicanálise, juntamente com o imaginário e o real: o simbólico designa a ordem de fenômenos dos quais a psicanálise tem de se ocupar, sempre que forem estruturados como uma linguagem. Para Freud, a simbólica é o conjunto de símbolos de significação constante que podem ser encontrados nas diversas produções do inconsciente. Freud insiste mais na relação entre simbolizador e simbolizado, ao passo que Lacan considera em primeiro lugar a estruturação e o agenciamento do símbolo, i.e., a existência de uma urdem simbólica estruturando a realidade inter-humana. Por sua parte, C. Lévi-Strauss havia extraído uma noção análoga do estudo antropológico dos fatos culturais: toda cultura, escreveu ele, pode ser considerada como um conjunto de sistemas simbólicos, em cuja primeira linha se situam a linguagem, as regras matrimoniais, as relações econômicas, a arte, a ciência, a religião (ibid., 475). (DS)