metais (UKIM)

UR E KRUR – INTRODUÇÃO À MAGIA (UKIM)

«Os elementos são encontrados nos metais — não os metais nos elementos — na medida que como a semente dos metais não é encontrada tão distante como muitos dos “sabem-tudo” imaginaram». (De Pharmaco Catholico)

O “metal” simboliza aquilo que na massa da «terra» é mais individualizado. Em sentido amplo, indica o individual humano: mais especificamente, tendo identificado a terra com a substância do corpo humano, o metal corresponde a vários órgãos e plexos encontrados no corpo humano. A semente ou enxofre dos metais é portanto o poder original, profundo, de organização e individuação, nomeadamente o mesmo poder que dá forma e vida. Este poder não deveria ser imaginado distante nos «céus», mas é imanente e pode ser individualizado e dominado através da Arte Régia, assim se tornando o «fogo filosófico mágico». Metais, como Philalethes diz (Fio de Ariadne, 1695) que estão mortos no momento que são retirados da mina (ou terra: esta separação representa a diferenciação da consciência viva em vários indivíduos), são “revividos” em sua semente e assim conduzidos a uma ressurreição: esta é a Medicina Universal. Segundo Sendivogius (De sulforo, 1644): «A fim de fazer a obra dos Filósofos, é necessário extrair a alma metálica. Tendo isto feito, ela necessita ser purificada e retornada a seu corpo, de maneira que uma ressurreição real do corpo glorificado possa ocorrer».