P: Há livros muito interessantes escritos por pessoas aparentemente muito competentes, nos quais a ilusão do mundo é negada (embora não sua transitoriedade). De acordo com eles, existe uma hierarquia de seres, do mais baixo ao mais alto; em cada nível, a complexidade do organismo permite e reflete a profundidade, a amplitude e a intensidade da consciência, sem qualquer ponto culminante visível ou conhecível. Uma lei suprema rege tudo: a evolução das formas para o crescimento e o enriquecimento da consciência e a manifestação de suas infinitas potencialidades. — M: Isso pode ou não ser assim. Mesmo que seja, é assim apenas do ponto de vista da mente, mas, de fato, o universo inteiro (mahadakash) existe apenas na consciência (chidakash), enquanto eu tenho minha posição no Absoluto (paramakash). No ser puro, surge a consciência; na consciência, o mundo aparece e desaparece. Tudo o que existe sou eu, tudo o que existe é meu. Antes de todos os inícios, depois de todos os fins — eu sou. Tudo tem seu ser em mim, no “eu sou”, que brilha em todo ser vivo. Mesmo o não-ser é impensável sem mim. Aconteça o que acontecer, devo estar lá para testemunhar. EU SOU AQUILO: 7
P: Em sua consciência? — M: Toda ideia de “eu” e “meu”, até mesmo de “eu sou”, está na consciência. EU SOU ISSO: 7