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Stephen Hirtenstein
René Guénon
Sea como sea, queremos sobre todo, por el momento y en primer lugar, aplicar la precedente precisión en un dominio más restringido que el que acabamos de mencionar: a este respecto, ella debe servir para impedir toda confusión entre el punto de vista de la ciencia tradicional y el de la ciencia profana, aunque algunas similitudes exteriores podrían parecer prestarse a ello; estas similitudes, en efecto, no provienen frecuentemente más que de correspondencias invertidas, donde, mientras que la ciencia tradicional considera esencialmente el término superior y no acuerda un valor relativo al término inferior más que en razón de su correspondencia misma con ese término superior, la ciencia profana, al contrario, no tiene en vista más que el término inferior e, incapaz de rebasar el dominio al cual se refiere, pretende reducir a éste toda realidad. Así, para tomar un ejemplo que se refiere directamente a nuestro tema, los números pitagóricos, considerados como los principios de las cosas, no son de ninguna manera los números tales como los entienden los modernos, matemáticos o físicos, como tampoco la inmutabilidad principial es la inmovilidad de una piedra, o como la verdadera unidad no es la uniformidad de los seres desprovistos de todas las cualidades propias; ¡y sin embargo, porque se trata de números en los dos casos, los partidarios de una ciencia exclusivamente cuantitativa no se han privado de querer contar a los Pitagóricos entre sus «predecesores»! Agregaremos solamente, para no anticipar demasiado sobre los desarrollos que van a seguir, que eso muestra también que, como ya lo hemos dicho en otra parte, las ciencias profanas de las que el mundo moderno está tan orgulloso no son realmente más que «residuos» degenerados de las antiguas ciencias tradicionales, como, por lo demás, la cantidad misma, a la que se esfuerzan en reducirlo todo, no es por así decir, desde el punto de vista en que esas ciencias la consideran, más que el «residuo» de una existencia vaciada de todo lo que constituía su esencia; y es así como esas pretendidas ciencias, al dejar escapar o incluso eliminar deliberadamente todo lo que es verdaderamente esencial, se revelan en definitiva incapaces de proporcionar la explicación real de nada. [O REINO DA QUANTIDADE E O SINAL DOS TEMPOS]
Anthony Damiani
A importância do Número como princípio estruturante de ontologia não deveria ser subestimado. Figura na estrutura interna de cada essência assim como cada coisa na medida que enquanto objetos materiais são capazes de refletir a ordem inerente em Ideias. Compreender estas «qualidades» divinas é um pré-requisito para compreender o racional por trás do ordenamento particular das Ideias no Princípio-Intelectual, Alma, e Sistema da Natureza. As três puras hipóstases (v. Primais) e o Sistema da Natureza sugerem quatro níveis correspondentes de Números, respectivamente designados como Números Divinos, Números Essenciais, Números Psíquicos e Números Monádicos. [Anthony Damiani: ASTRONOESIS]
Mário Ferreira dos Santos
O número surge como a medida da pluralidade pela unidade. Portanto, há tantos números (tipos de números) quantos forem as modalidades da unidade. Se a modalidade for apenas a quantitativa, temos o número quantitativo (arithmos posootes de Pitágoras, que é o número da Logistike, do cálculo, o número da aritmética, tomado abstratamente).
Se a unidade for de conjunto, teremos o número-conjunto; se tomada na sua coerência, formando um todo homogêneo, temo-la como tensão (arithmos tonos), e assim sucessivamente, como vetor, fluxo, functor, relação, analogia, etc. Portanto o campo da matemática não se restringe apenas ao das abstrações quantitativas, como se pensa comumente, mas ao campo da totalidade do ser. A matemática, no sentido pitagórico, é portanto a ciência mater, no sentido hierárquico, pois pode abranger a unidade sobre todos os aspectos. A Mathesis é a instrução, o saber supremo, e a filosofia, no sentido pitagórico, é apenas o afanar-se para alcançá-la, o “amor ao saber.” E é neste sentido que se deve entender a simbolização da Divindade, como o Grande Arquiteto do Universo, ou como o Grande Matemático, que surge em certas ordens, cujo verdadeiro sentido é este. A Mônada Suprema, que é Deus, (porque nele ser e conhecer se identificam) é o saber supremo, o saber absoluto e total, a mathesis superior, da qual participamos, gradativamente, através do esforço que desvela, que arranca os véus do que está oculto, e penetra no conhecimento profundo das coisas. Eis por que o itinerarium mysticum, a via symbolica é um caminho para alcançá-la, pois, graças aos símbolos, vamos apontando as perfeições de que eles participam particularmente, e que no supremo são em plenitude. É fácil, agora, compreender o que indicam os dez planos do símbolo que estudamos anteriormente. [Mário Ferreira dos Santos – Tratado de Simbólica]