- Produção pelo Segundo Noûs (Demiurgo) dos corpos celestes e da vida animal
- Corpos celestes (9)
- Vida animal (10-11)
- O Verbo deixa a natureza úmida (terra e água) e vai se reunir a seu irmão o Noûs Demiurgo
- Juntos põem em movimento os sete círculos de fogo
- Este movimento circular faz vir a ser, originários dos elementos inferiores, os animais, cada elemento (ar, água, terra agora separa da água) produzindo os seus.
9 “Ora o Noûs Deus, sendo macho e fêmea, existente como vida e luz, faz nascer de uma palavra um segundo Noôs demiurgo que, sendo deus do fogo e do sopro, criou Sete Governadores, os quais envolvem nos seus círculos o mundo sensível; e seu governo se chama o Destino.
10 Logo o Verbo de Deus lançou-se fora dos elementos postados embaixo para esta pura região da natureza que acabava de ser criada, e se uniu ao Noûs demiurgo (pois era de mesma substância) e, por esta razão, os elementos inferiores da natureza foram entregues a si próprios desprovidos de razão, de forma a nada mais ser que simples matéria.
11 Porém o Noûs demiurgo, conjuntamente com o Verbo, envolvendo os círculos e fazendo-os girar zumbindo, coloca desta forma em ação o movimento circular de suas criaturas, deixando-as fazer a sua revolução segundo um começo indeterminado até um término sem fim, pois começa onde se acaba. E esta rotação dos círculos, segundo a vontade do Noûs, produziu, tirando-os dos elementos que se precipitavam para baixo, animais irracionais (pois não mantinham o Verbo próximo de si), o ar produziu os voláteis e a água, os nadadores. A água e a terra foram separadas uma da outra, segundo a vontade do Noûs, e a terra fez sair de seu próprio seio os animais que em si mesma retinha — quadrúpedes e répteis, bestas selvagens e domésticas.