(“Geist und Erfahrung, Anmerkungen für Leser, welche dem Untergang des Abendlandes entronnen sind”, in: Gesammelte Werke in neun Bänden, v. VIII, pp. 1043-4.)
(…) Existe no — eu gostaria de utilizar a palavra “intelectual” —, digamos, portanto, nos meios intelectuais — mas refiro-ME aos da literatura —, um preconceito favorável a respeito das infrações contra a matemática, a lógica e a exatidão; na categoria dos crimes contra a mente, elas são facilmente classificadas como crimes políticos que honram seus autores, aqueles nos quais o promotor público encontra-se, propriamente falando, no papel do acusado. Sejamos generosos, portanto. Spengler deve ser abordado assim-assim; ele trabalha com analogias e, ao fazer isso, sempre se pode ter razão em algum sentido. Quando um autor quer pôr denominações erradas nos conceitos, de uma ponta à outra, ou confundi-los, eles próprios, podemos acabar por nos acostumar com isso. Mas é preciso manter um código de decifração, alguma ligação unívoca, em suma, do pensamento com a palavra. Também isso está ausente. Os exemplos que apresentei, e que foram levantados entre muitos outros, sem que fosse preciso procurar muito, não são erros de detalhe, mas um modo de pensar!