Nos dirão sem dúvida que a realidade de um Deus criador não foi demonstrada; mas embora não seja difícil demonstrar esta realidade com argumentos proporcionais a sua natureza, — mas inacessíveis por esta mesma razão a certos espíritos, — o mínimo que se pode dizer é que a evolução não foi jamais demonstrada por quem quer que seja, e com razão; admite-se a evolução transformante à título de postulado útil e provisório, como admitir-se-á não importa o que, desde que não se sinta obrigado a admitir a primazia do Imaterial, pois este escapa ao controle de nossos sentidos. Quando se parte da constatação deste mistério imediatamente tangível que é a subjetividade ou a inteligência, é fácil, portanto, conceber que a origem do Universo é, não a matéria inerte e inconsciente mas uma Substância espiritual que, de coagulação em coagulação e de segmentação em segmentação, — e outras projeções ao mesmo tempo manifestantes e limitativas, — produziu no fim das contas a matéria fazendo-a emergir de uma substância mais sutil, mas já afastada da Substância primordial. Objetar-se-á que para isto não há nenhuma prova, ao qual respondemos — além do fato de que o fenômeno da subjetividade comporta precisamente esta prova, abstração feita de outras provas intelectuais possíveis, mas cuja Intelecção não tem nenhuma necessidade, — ao qual respondemos portanto que há infinitamente menos provas desta absurdidade inconcebível que é o evolucionismo, o qual faz sair o milagre da consciência de um punhado de terra ou de pedras, metaforicamente falando.
Schuon (FSDH) – Evolucionismo
TERMOS CHAVES: evolução
- Schuon (FSRMA) – Sobre os traços de Mâyâ
- Schuon (FSRMA) – Universalidade e atualidade do monacato
- Schuon (FSRMA) – Xamanismo pele-vermelha
- Schuon (FSTH) – Dois Momentos
- Schuon (FSTH) – Prece
- Schuon (FSTH) – Transfiguração do Homem
- Schuon (FSVE) – Vida Espiritual
- Schuon (Obra) – Absoluto
- Schuon (OC) – Olho do Coração
- Schuon (PSFH) – Conhecimento e Amor