A subjetividade prova a inanidade da tese evolucionista
Todas estas considerações juntam-se o que dissemos anteriormente sobre o fenômeno da subjetividade, enquanto este prova por sua simples existência a inanidade da tese evolucionista e transformista. Assim como nem a consciência nem a fortiori a inteligência não podem jorrar da «matéria» — qualquer que seja a explicação que se dê desta —, assim também esta modalidade da consciência que é o amor dela não pode derivar, sempre pela simples razão que o mais não pode vir do menos; e trata-se aqui de um infinitamente mais.
É preciso não deixar de o afirmar: a origem da criatura não é uma substância do gênero da matéria, é um arquétipo perfeito e imaterial: perfeito e consequentemente sem nenhuma necessidade de evolução transformante; imaterial e consequentemente tendo sua origem no Espírito e não na matéria. Certamente, há trajetória; esta vai, não a partir de uma substância inerte e inconsciente1, mas a partir do Espírito — matriz de todas as possibilidades — ao resultado terrestre, a criatura; resultado jorrado do invisível em um momento cíclico onde o mundo físico era ainda muito menos separado do mundo psíquico que nos períodos mais tardios e mais «enrijecedores». Quando se fala tradicionalmente de creatio ex nihilo, entende-se por isso, de um lado que as criaturas não derivam de uma matéria preexistente, e de outro que a «encarnação» das possibilidades não poderia afetar em nada a imutável Plenitude do Princípio.
Que se a carregue imaginariamente de «energia» evolutiva ou que se a transforme em «genes» ou no que se queira, não muda nada à questão. ↩