A palavra Egito pode ser derivada da palavra grega Ægyptus, uma transcrição da palavra Haïkouptah, — Ha Ka Ptah, — o nome do templo de Ptah em Mênfis.
O Egito é mencionado por vários nomes em textos egípcios:
– Kemit, “o negro”, ou seja, a terra negra. Esse nome era conhecido pelos gregos como Khemia ou Khimia. Toda a terra arável é, de fato, formada pelo lodo do Nilo, que tem uma cor cinza-escura característica.
– Ta-meri, que significa “terra amada”, ou melhor, “terra amorosa”. De fato, a palavra “mar”, que expressa amor, afinidade, atração e magnetização, dá a Ta a função de um ímã, atraindo as forças vitais e os “presentes” de seu Neter: Hapi, o Nilo; Ra, o Sol; e Nut, o Céu.
– Ta noutri, “terra dos Neters”, terra dos deuses.
– Mizraim é o nome dado ao Egito pelos hebreus, um nome que passou para o árabe como Misr.
– As “Duas Terras” é o nome dado ao Egito em muitos textos, para designar o conjunto desse país composto por suas duas partes, a Terra do Norte e a Terra do Sul, aliadas como dois poderes complementares sob a mesma autoridade faraônica. Cada uma delas ainda mantém sua própria coroa e símbolo.
A “Terra do Norte”, composta pelo país ao longo do delta do Nilo, de Mênfis até o Mediterrâneo, tinha o papiro como símbolo. Seu governante usava uma coroa vermelha e seu atributo era a abelha-vespa, a mosca do mel.
A “Terra do Sul” se estende de Mênfis até a fronteira sul do Egito. Seu governante usa uma coroa branca e seu atributo é o junco scirpus. Esse junco e o papiro, combinados em um monograma (dando a cada um seu lugar e caráter), representam as “Duas Terras”, Norte e Sul.
O faraó, “mestre das duas terras”, usa a coroa dupla, a pschent (sekhemty = os dois poderes), que é composta pela coroa branca apoiada pela coroa vermelha.