A palavra diz tudo, pois nada poderia estar mais longe da verdade do que imaginar a linguagem como um produto do acaso, uma combinação fortuita de sons, uma invenção da criatura decaída. O Verbo se fez carne, e esse Verbo é também a palavra falada, a linguagem. Ela é única para o ser humano, desconhecida para a besta, mas, como toda a criação, traz a marca da prevaricação. A primeira linguagem, a divina, era única, à imagem da unidade original, e todo o mal veio da criatura, do esforço insensato de individualizar-se, de “distinguir-se”, de separar-se de Deus, até mesmo de levantar-se contra Ele, como testemunha a Torre de Babel construída pelos filhos de Noé para alcançar o céu, que Deus destruiu na confusão das línguas. Essa multiplicação infinita de idiomas é o símbolo mais claro da desintegração universal e só cessará com a vida terrena no retorno a Deus e na redescoberta do idioma único em unidade absoluta.
Susini (FC:Intro) – palavra – linguagem
- Baader (BBPL) – confusão panteísta de Deus com a criação
- Baader (BBPL) – Somente a alma rica ama
- Baader (FC:I.1 nota a) – torno-me o princípio que me orienta
- Baader (FC:I.1) – fazendo o bem, torna-se bom; fazendo o mal, torna-se mau
- Baader (FC:I.10) – manifestação e criatura
- Baader (FC:I.2) – erro fundamental do panteísmo
- Baader (FC:I.3) – só se é tentado por seu próprio desejo
- Baader (FC:I.32) – subordinação
- Baader (FC:I.33) – infinito e finito
- Baader (FC:I.4) – livre-arbítrio e liberdade