Tag: amor

  • Ibn Arabi (Futuhat) – amor indefinível

    Várias definições foram dadas sobre o amor, mas não vi ninguém que o tenha definido com sua definição essencial; de fato, tal coisa não é concebível. Todos aqueles que o definiram o fizeram pelas consequências que ele gera, por seus efeitos e efeitos posteriores. E essa impossibilidade de defini-la essencialmente deve-se, acima de tudo, ao…

  • Guimarães Rosa (GSV) – amor destino dado

    Para que referir tudo no narrar, por menos e menor? Aquele encontro nosso se deu sem o razoável comum, sobrefalseado, como do que só em jornal e livro é que se lê. Mesmo o que estou contando, depois é que eu pude reunir relembrado e verdadeiramente entendido — porque, enquanto coisa assim se ata, a…

  • Hafez (HTPL) – Por que o amor é acompanhado de dor?

    […] Hafez busca a resposta para o fato de o amor, como nós humanos o experimentamos, ser acompanhado de dor. Ele consulta o Ancião, um ser que encontramos com frequência na obra do poeta como sua voz interior, sua fonte de orientação espiritual. Na terminologia de Hafez, a expressão para o Ancião é Pir-e-Moghan, um…

  • Izutsu (ST:354-356) – Contra Essencialismo

    No final do capítulo anterior, apontei o fato de que, em Chuang-tzu, os estágios do “assentar em esquecimento” são traçados em duas direções opostas: ascendente e descendente. A primeira consiste em começar do estágio mais baixo e subir estágio por estágio até o último e mais elevado. Um exemplo típico desse tipo de descrição acabou…

  • Ibn Arabi (Futuhat) – fenômenos delicados do amor (Palacios)

    [427] Um dos fenômenos mais delicados observados no amor é o seguinte, que tive a oportunidade de vivenciar: sentes em ti mesmo uma paixão veemente, um desejo vivo, uma agitação emocional, um amor ardente, que leva até mesmo à fraqueza física, emaciação ou fadiga mórbida, incapacidade de dormir e perda do gosto pela comida; mas…

  • Guimarães Rosa (GSV) – obedecer do amor

    O nome de Diadorim, que eu tinha falado, permaneceu em mim. Me abracei com ele. Mel se sente é todo lambente — “Diadorim, meu amor…” Como era que eu podia dizer aquilo? Explico ao senhor: como se drede fosse para eu não ter vergonha maior, o pensamento dele que em mim escorreu figurava diferente, um…

  • Evola (AC) – piedade (pietas)

    Baillet Inutile de rappeler ce que veut dire aujourd’hui une “ personne pieuse ”. On songe à une attitude sentimentale plus ou moins humanitaire — et “ pieux ” est parfois synonyme de compatissant. Dans la vieille langue latine, la pietas, par contre, appartenait au domaine du sacré, désignait en premier lieu les rapports que…

  • Schuon (FSES) – Estações da Sabedoria

    Resumo traduzido do site francês dedicado a Schuon, sobre o qual estaremos aditando excertos traduzidos da obre Estações da Sabedoria — resumo Prefácio O mal de nosso tempo e a cisão entre a fé e a ciência Ceticismo e cartesianismo O que o homem moderno não quer admitir Das taras inevitáveis do simbolismo antropomórfico A solução…

  • amor cortês

    No amor cortês, pela primeira vez desde os gnósticos dos séculos II e III, eram exaltados a dignidade espiritual e o valor religioso da Mulher. Segundo vários estudiosos, os trovadores da Provença foram inspirados pelo modelo da poesia árabe da Espanha, que glorificava a mulher e o amor espiritual que ela desperta. Mas é preciso…

  • Lucille: Amor

    FRANCIS LUCILLE — AMOR O amor não é uma emoção. O amor não é um estado. Não é uma emoção porque uma emoção é uma coisa percebida. Um estado também é uma coisa percebida, tem um início e um fim. Um estado é um estado de “algo”; um estado do corpo-mente. Emoções e estados podem…

  • Schuon (PSFH) – Conhecimento e Amor

    De onde os santos e profetas tiram sua certeza sobre inspirações sobrenaturais? Por que Joana D’Arc acreditava em suas vozes? Porque nas inspirações há evidência ontológica: acreditamos nelas com a evidência com a qual existimos. O mesmo se aplica às inspirações comuns, que são “naturais” em seu modo, ou seja, baseadas na intuição intelectual e…

  • Ibn Arabi (Fusus) – Abraão

    IBN ARABI — OS ENGASTES DE SABEDORIA VIDE: SABEDORIA DOS PROFETAS A SABEDORIA DO AMOR RAPTOR NO MUNDO DE ABRAÃO [AustinFusus] O título deste patriarca é Al Kalil = o amigo Leitura como originário da raiz khalla = permeação ou penetração Abraão = o permeado por Deus Como o amor raptor a amizade é uma…

  • Algazel (Sawanih) – amor do Si-mesmo

    Isso [amor de Si] requer o máximo de amor por Deus. Aquele que conhece a si mesmo e conhece seu Senhor sabe, com certeza, que não tem existência a partir de sua própria essência e que a existência de sua essência e a persistência e perfeição de sua existência são apenas de Deus, para Deus…

  • Ibrâhîm b. Adham: amor do mundo

    Quando o olho contempla o amor deste mundo, a visão do coração se extingue. Ibrâhîm b. Adham [TTW]

  • Alan Watts Amor

    Excerto do livro “A Vida Contemplativa” O desejo humano difere do animal por ser, no fundo, insaciável. O homem se caracteriza por uma fome de infinito, de uma eternidade de vida, amor e alegria que, saiba-o ele ou não. Não pode ser outra coisa que não Deus. Admitindo-se a existência de Deus, conclui-se ser Ele…

  • Ibn Arabi (Fusus) – Arão

    IBN ARABI — OS ENGASTES DE SABEDORIA VIDE: SABEDORIA DOS PROFETAS A SABEDORIA DA LIDERANÇA NO VERBO DE ARÃO [AustinFusus] A Misericórdia criativa Sujeição do Cosmos ao homem, homem a Deus e animal no homem ao espírito no homem A paixão divina (hawa) Amor divino (mahabbah) O verdadeiro gnóstico enquanto interiormente consciente da irrestrita universalidade…

  • Corbin (Ibn Arabi) – Dialética de Amor

    De todos os mestres do sufismo, Ibn Arabi é (com Ruzbehan de Shiraz) um daqueles que levaram mais longe a análise dos fenômenos do amor; pôs em obra uma dialética muito pessoal, eminentemente própria a nos fazer descobrir qual é o deleite da devoção total professada pelos «Fiéis do Amor». Do que aqui esboçamos, surge…

  • Rumi (Masnavi:I,2425-2430) – amor de mulher

    2425. Quando um caldeirão se interpõe entre (eles [água e fogo]), ó rei, ele (o fogo) aniquila a água e a converte em ar. Se exteriormente você está dominando sua esposa, como a água (que apaga o fogo), (ainda) interiormente você está dominado e está buscando (o amor de) sua esposa. Isso é característico do…

  • Coomaraswamy: eros

    Na Índia, não conseguimos escapar da convicção de que o amor sexual tem um significado profundo e espiritual. Não há nada com o qual possamos comparar melhor a “união mística” do finito com seu ambiente infinito — aquela experiência única que prova a si mesma e é a única base da fé — do que…

  • Ibn Arabi (Fotuhat) – Grau Místico do Amor

    [II, 426] Saiba que o grau místico do amor é um grau nobre, pois é a raiz do ser: Do amor nascemos; Com o amor fomos criados; Portanto, para o amor tendemos E o amor nos toma em seus braços. Esse grau tem quatro apelidos: 1º Amor, que designa a pureza desse sentimento, na medida…