Tag: mundo

  • Karl Renz (KRAudio) – do momento que há mundo, há dor

    Do momento que há mundo, há dor. Nada de novo. Quando há mundo, há você, quando há você, há dor. Desconforto. Qual o problema? E não há saída disto! Tentar não ter esta melancolia (Weltschmerz), tentar unificar e ver o mundo como uma ilusão e evanescente, já estás neste negócio de trabalho duro, trabalhando por…

  • Ibrâhîm b. Adham: amor do mundo

    Quando o olho contempla o amor deste mundo, a visão do coração se extingue. Ibrâhîm b. Adham (TTW)

  • Gil Vicente: Todo-Mundo e Ninguém

    Adaptação de Carlos Drummond de Andrade Ninguém: Qual o seu nome, cavalheiro? Todo-Mundo: Eu ME chamo Todo-Mundo e todo meu tempo busco dinheiro, e sempre nisso ME fundo. Ninguém: Eu ME chamo Ninguém e busco a Consciência. Belzebu: Eis uma boa experiência: Dinato, escreve isto bem. Dinato: Que escreverei, Companheiro? Belzebu: Que Ninguém busca consciência…

  • Izutsu (SOP1:100-104) – Todo Mundo é uma única Mente (1)

    Observamos anteriormente que a fórmula básica s ➜ o, ou eu vejo isso, que é projetada para descrever esquematicamente a relação epistemológica entre o sujeito que percebe e o objeto percebido, esconde na realidade um mecanismo muito mais complexo do que parece à primeira vista. Pois, de acordo com a análise tipicamente budista, atrás de…

  • Rumi (Masnavi:I,388s) – adormecido ao mundo

    388. Todas as noites libertas os espíritos do laço do corpo e apagas [as impressões] as tábuas [da mente]. Os espíritos são libertados todas as noites desta gaiola, [eles são] feitos com ordenanças e conversas e contos. À noite, os prisioneiros estão inconscientes de sua prisão, à noite, os governadores estão inconscientes de seu poder.…

  • Melville Mundo de Acab

    UM MANUSCRITO DE MOBY DICK Tal é o mundo de Acab, e este é um mundo maléfico. Melville quis dizer exatamente o que escreveu à Hawthorne quando o livro foi consumado1 : “Escrevi um livro iníquo, e ME sinto imaculado como o cordeiro.” O “livro iníquo” de Melville é o drama de Acab, seu ódio…

  • Ibn Arabi – Árvore do Mundo (Gloton)

    Tratado traduzido em francês por Maurice Gloton, e comentado por Jean Canteins no periódico “Études Traditionnelles”. Segundo Canteins trata-se de um curto tratado, com excelente tradução de Gloton, enquadrada por introdução e comentários. O tratado aborda a Realidade maometana, noção abstrata que Ibn Arabi expõe da maneira mais concreta possível utilizando todos os recursos do…

  • Corbin (CETC) – Prelúdio sobre o intermundo da imaginação

    Faz muito tempo, como diremos abaixo, que a filosofia ocidental, dizemos a filosofia «oficial», levada na esteira das ciências positivas, não admite senão duas fontes do Conhecer. Há a percepção sensível, fornecendo os dados que se chamam empíricos. E há os conceitos do entendimento, o mundo das leis regendo estes dados empíricos. Certamente, a fenomenologia…

  • Wei Wu Wei (UW:5) – Eu sou a Mente na qual o mundo aparece

    “Eu sou a Mente na qual o mundo aparece”, comentou a coruja para o coelho. “É mesmo?”, respondeu o coelho, mordiscando um dente-de-leão suculento e girando-o no canto da boca. “Essa ideia não ME ocorreu.” “É”, continuou a coruja, “e pensamentos não são peixes para serem capturados por animais ou homens”. “Por que isso?”, perguntou…

  • Nisargadatta (NMSF) – Sem tempo, sem mundo

    Brahman está sempre presente, mas não tem o sentido de ser. Mesmo o sentimento “eu sou Vishnu” está ausente em Vishnu. O que isso significa? Pode ser compreendido por meio de penitências? Ele só pode ser conhecido por viveka ou discriminação verdadeira. Lembre-se do que está ouvindo. Isso é meditação. Quais de suas ações nesta…

  • Dostoiévski (Subsolo:C3) – um camundongo de consciência hipertrofiada

    Pois bem, um homem desses, um homem direto, é que eu considero um homem autêntico, normal, como o sonhou a própria mãe carinhosa, a natureza, ao criá-lo amorosamente sobre a terra. Invejo um homem desses até o extremo da minha bílis. Ele é estúpido, concordo, mas talvez o homem normal deva mesmo ser estúpido, sabeis?…

  • Corbin (Avicena:23-24) – integrar um mundo, torná-lo próprio

    (…) O filósofo oriental que professa a filosofia tradicional vive no cosmo aviceniano ou no cosmo sohravardiano, por exemplo. Para o orientalista, é antes esse cosmo que vive dentro dele. Essa inversão do significado de interioridade expressa o que, do ponto de vista da personalidade consciente, é chamado de integração. Mas integrar um mundo, torná-lo…

  • Lewis Imagem Mundo

    C.S.Lewis — A IMAGEM DO MUNDO NA IDADE MÉDIA E NA RENASCENÇA VIDE: A IMAGEM DO MUNDO NA ANTIGUIDADE Livro notável de Lewis que se apresenta como uma base conceitual importante para ter acesso à literatura medieval e renascentista. Trata dos modelos do mundo, ou visões de mundo (Weltanschauung), e sobre sua influência no pensamento,…

  • Shabistari (TTW) – mundo

    MOLLÂ SADRÂ. LE LIVRE DES PÉNÉTRATIONS MÉTAPHYSIQUES (Kitâb al-Mashâ’ir). Traduit de l’arabe, annoté et introduit par Henry Corbin

  • Shayegan (DSAPP) – o mundo é um imenso túmulo (Khayyam)

    (…) O que importa para nós se este mundo é acidental ou original (mohads, qadîm) , uma vez que, para onde estamos indo, ambos não têm sentido; o que importa para nós, também, se o mundo está disposto a atender aos nossos desejos ou não, ou se vivemos cem anos ou mais, uma vez que…

  • Hulin (PEPIC:132) – o mundo

    De qualquer forma, o monismo de Śaṅkara exclui qualquer existência independente do “não-pensante” (acit ou jaḍa). Não é que ele caia no hylozoísmo, aquela tentação permanente do pensamento indiano que encontra sua expressão mais sistemática no jainismo, mas manifesta uma certa propensão a ver na chamada matéria inanimada uma vasta rede de instrumentos e obstáculos…

  • Hernández (HPMI) – princípios cosmológicos (Ibn Arabi)

    De acordo com esses fundamentos, Ibn Arabi distingue quatro princípios cosmológicos de ordem universal: o Primeiro Intelecto, a Matéria Prima, a Alma Universal e a Natureza Universal. O Primeiro Intelecto (al-‘Aql al-Awival) é o modo primário e original da manifestação ad extra da Essência Divina. Ibn Arabi o identifica com o Espírito e, em outras…

  • Septenários (Abellio)

    (Abellio1984) No mesmo sentido, o Sepher Yetzirah, ao descrever a estrutura das sete letras duplas, associa-as, numa forma antropológica paralela à forma cosmológica já mencionada, às sete “aberturas” da cabeça, a saber: a boca, os dois olhos, as duas narinas e as duas orelhas. Ora, se, além da constatação ingênua dessa simples igualdade numérica, atentarmos…

  • Shayegan (DSHC) – O Imaginal e o Mundo da Alma

    1) Antes de mais nada, digamos que, para Mollâ Sadrâ, a Imaginação é uma faculdade espiritual que não perece com o organismo físico; é como o “corpo sutil da alma”. Em outras palavras, ela tem mais realidade existencial (mawjûdîyat) do que as existências externas. Não é possível percebê-lo com o olho externo ou com nossos…

  • Izutsu (ST:89-90) – Sombra

    No capítulo anterior, foi discutida a relação especial entre o Absoluto e o mundo. Vimos como o Absoluto e o mundo são contraditoriamente idênticos um ao outro. Os dois são, em última análise, o mesmo; mas essa afirmação não significa que a relação entre eles seja de simples identificação: significa que o Absoluto e o…