Antigo reino situado entre os rios Araxes (hoje Araks) e Jura, incluindo as águas superiores do Eufrates. Por volta de 390, a Armênia estava dividida em duas partes sob a jurisdição dos bizantinos e dos persas, respectivamente. Embora a Armênia bizantina fosse rapidamente assimilada ao Império, houve muita resistência na Armênia persa às tentativas de conversão da população cristã local ao zoroastrismo. Depois de 653, a Armênia estava, pelo menos nominalmente, sob a suserania dos árabes mas permaneceu virtualmente independente e governada por cristãos. No século XI, o país foi devastado pelos sultões seljúcidas Tugril Beg e ALP Arslan. Muitos armênios emigraram para a Pequena Armênia na parte ocidental do moderno Curdistão. Esse novo reino tinha laços estreitos com o Ocidente; na época da Primeira Cruzada, foram os armênios que ajudaram Balduíno de Bolonha a estabelecer o condado de Edessa (atual Urfa, na Turquia, NT), enquanto que Leão II (1187-1219) jurou vassalagem ao imperador do Ocidente, Henrique VI, e reformou a administração armênia de acordo com modelos ocidentais. No século XIV, o assassinato de dois dos seus reis, Guido de Lusignan em 1344 e Constantino I em 1374, desencadeou a guerra civil na Armênia e deixou o reino impotente para resistir ao avanço mameluco. Em 1375, a capital, Sis, foi tomada e o último rei deposto. (DIM)