Centro Supremo

Não podemos voltar aqui a todas as questões referentes ao Centro Supremo e já tratados em outros momentos: sua conservação de modo mais ou menos oculto segundo os períodos, do começo ao fim do ciclo, isto é, desde o “Paraíso Terrestre” até a “Jerusalém Celeste”, que representam as suas duas fases extremas; os múltiplos nomes sob os quais é designado, tais como Tula, Luz, Salém, Agartha; os diferentes símbolos que o representam, como a montanha, a caverna, a ilha e muitos outros, ainda, na maioria dos casos em relação imediata com o simbolismo do “Polo” ou do “Eixo do Mundo”. A essas representações poderíamos também acrescentar a cidade, a cidadela, o templo ou o palácio, conforme o aspecto particular pelo qual é considerado. Podemos ainda lembrar aqui o Templo de Salomão, que se relaciona diretamente com o nosso tema, a tríplice muralha, da qual falamos recentemente como representando a hierarquia iniciática de certos centros tradicionais, e também o misterioso labirinto que, sob uma forma mais complexa refere-se a uma concepção similar, com a diferença de que neste coloca-se em evidência, principalmente, a ideia de um “encaminhamento” na direção do centro oculto. (Guénon)

Lendas, René Guénon