cérebro

O cérebro, enquanto órgão ou instrumento da inteligência discursiva ou da inteligência racional (como se queira denominar), só desempenha na verdade uma função de “transmissor” ou, se quisermos, de “transformador”. Não é sem razão que a palavra “reflexão” é aplicada ao pensamento racional, pela qual as coisas são vistas como que num espelho, quasi per speculum, como diz São Paulo. E também não deixa de ter razão o fato de que a mesma raiz, man ou men, serviu em diversas línguas para formar inúmeras palavras que designam, de um lado, a Lua e, por outro lado, a faculdade racional ou o “mental”, e também, por consequência, o homem considerado em particular segundo a natureza racional pela qual ele se define especificamente (v. animal racional). (Guénon)

René Guénon