costumes fúnebres

Durante a Idade Média, vários métodos de dispor dos mortos foram usados em diferentes épocas e diferentes lugares. Os persas, por exemplo, expunham os cadáveres de seus mortos ao ar livre para serem devorados por aves de rapina; mas na Europa os mortos eram cremados ou sepultados. Na era pré-cristã, a cremação era o procedimento mais favorecido, sobretudo entre os anglos, saxões e escandinavos, embora os jutos seguissem o exemplo romano de enterrar seus mortos. Entretanto, assim que o Cristianismo ganhou raízes, a cremação foi abandonada em favor da inumação, para que os mortos pudessem ter corpos a que poderiam voltar no dia do Juízo Final, Uma outra mudança provocada pelo advento do Cristianismo foi que os mortos deixaram de ser enterrados com artigos sepulcrais, como suas armas, jóias e moedas para uso no Além. Na Idade Média Central, túmulos de pedra, frequentemente com tampas elaboradamente esculpidas, eram usados pelo menos no sepultamento das pessoas ricas mas, no final da Idade Média, os esquifes de madeira passaram a ser a regra. Ocasionalmente, o coração ou os intestinos de pessoas importantes eram sepultados separadamente do resto de seus corpos.

Os mais elaborados costumes medievais de sepultamento conhecidos estavam associados à inumação de barcos, como o exemplo do século VII do Grande Cômoro no cemitério de Sutton Hoo — com sua brilhante coleção de preciosos artigos sepulcrais em ouro, prata e granada — ou os soberbos sepultamentos noruegueses do século IX em Gokstad e Oseberg. (DIM)

DIcionário da Idade Média