generosidade

Sem generosidade para com o mundo, não se pode se abrir à Bondade ou à Misericórdia divinas.


A generosidade para com Deus – se assim se pode dizer – é que nos demos a Deus, e a quintessência deste dom é a oração sincera e perseverante.

A generosidade para com os homens é que nos demos aos demais, pela caridade em todas suas formas.


As duas grandes virtudes de base são a humildade e a caridade. Quer dizer: o conhecimento de si e a generosidade para com os demais.


A generosidade: não dizemos que haja que conceder aos demais favores contrários a sua natureza e dos que, por conseguinte, abusaram; dizemos que há que conceder-lhes favores dos que podem se beneficiar sem tentação de abuso. Em outros termos: não há que acumular aos demais daquilo que não merecem, mas há que conceder-lhes o máximo material e moralmente possível de circunstâncias atenuantes. A generosidade é realista, e por conseguinte legítima, somente na condição de não nos prejudicar a nós mesmos nem aos demais.

A generosidade – ou a “caridade” – não é debilidade, como tampouco o conhecimento de si – ou a humildade – é necessidade. O que equivale dizer que a virtude deve ser conforme à natureza das coisas; que extrai sua nobreza e sua eficácia da verdade. (Schuon PP)

Frithjof Schuon