Langton, Stephen (c. 1150-1288) Arcebispo de Canterbury. Tornou-se um notável teólogo depois de ter estudado em Paris. Em 1206, Inocêncio III nomeou Langton cardeal-presbítero de São Crisôgono e, no ano seguinte, resolveu a disputa entre os monges de Canterbury e o rei João Sem Terra em torno da eleição para a primazia da Inglaterra, assegurando sua nomeação para o cargo. Entretanto, a oposição do monarca à eleição causou uma ruptura com o Papado e condenou o novo arcebispo ao exílio em Pontigny, até ser efetuado um rapprochement em 1213. Langton desempenhou um papel destacado na oposição baronial a João Sem Terra e foi por sugestão dele que as exigências incluídas na Magna Carta tiveram por modelo a carta de Henrique I.
A recusa de Langton em impor a excomunhão papal aos barões levaram à sua suspensão das funções episcopais em 1215, mas foi absolvido no ano seguinte e reintegrado em 1218. Daí em diante, deu total apoio ao partido realista. Trabalhou em estreita cooperação com o justiciar (o principal magistrado político e judiciário do reino), Hubert de Burgh, e foi o responsável pela reedição definitiva da Magna Carta em 1225. Também esteve ativo em assuntos de natureza eclesiástica. Em 1221, patrocinou a reivindicação do arcebispo de Canterbury de ser um legatus natus, obtendo o retorno a Roma do legado papal Pandulfo e a promessa de Honório III de que nenhum outro legado seria enviado para a Inglaterra durante sua vida. Além disso, Langton formulou um importante conjunto de constituições para a Igreja inglesa, as quais foram promulgadas, com os decretos do Quarto Concílio de Latrão, num concílio provincial em Oxford (1222). (DIM)