Existe a esse respeito e no próprio Ocidente moderno, uma outra comparação verdadeiramente singular: Leibniz, em sua Monadologia, diz que “todas as mônadas criadas nascem, por assim dizer, por meio de fulgurações contínuas da Divindade a cada instante”. Ele associa dessa maneira, de acordo com o dado tradicional que acabamos de lembrar, o raio (fulgur) à ideia da produção dos seres. É provável que os seus comentadores universitários jamais perceberam o fato, e com isso não notaram que as teorias desse filósofo sobre o “animal” indestrutível e “reduzido a menores proporções” após a morte estavam diretamente inspiradas na concepção hebraica do lûz como “núcleo da imortalidade”. Outro ponto, que só podemos indicar de passagem, é que vajra significa ao mesmo tempo “raio” e “diamante”; isso nos conduziria a examinar a questão sob aspectos completamente diferentes. [Guénon]
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TERMOS CHAVES: mônada