Há pessoas que se atormentam por faltas mesmo leves que cometeram num passado até distante, enquanto que no presente fazem o que agrada a Deus. Pois bem, é uma falta jogar-se na cara o que Deus não nos joga na cara.
Deus não nos joga na cara um pecado do que temos plenamente consciência e que temos a intenção sincera de não voltar a cometer, se ao mesmo tempo praticamos o que Ele exige e o que nos aproxima dEle.
Além do mais, Deus não nos pede abstratamente que sejamos perfeitos, porém nos pede concretamente que não tenhamos um determinado defeito e que não cometamos um determinado pecado ou uma determinada necessidade.
Por outro lado, não há que se perguntar se Deus exige de nós isto ou aquilo; se cumprimos o que Deus nos pede certamente – a saber, a oração, as virtudes elementares e as atitude razoáveis – saberemos ipso facto o que Ele nos pede eventualmente e por acréscimo.
Deus nos pede o que ignoramos, como tampouco nos joga na cara o que já no existe. (Schuon PP)