pedra caída do céu

Dissemos, a propósito da “pedra angular”, que ela representa a “pedra descida do céu”, e vimos agora que o lapsit exillis é mais exatamente a “pedra caída do céu”, o que pode aliás ser ainda relacionado à “pedra que os construtores tinham rejeitado”, se for considerado, do ponto de vista cósmico, que esses “construtores” eram os Anjos ou os Devas. Mas como nem toda “descida” é necessariamente uma “queda”, é oportuno fazer uma certa diferenciação entre as duas expressões. Em todo caso, a ideia de uma “queda” não poderia mais de modo algum ser aplicada quando a “pedra angular” ocupa sua posição definitiva no topo. Pode-se ainda falar de uma “descida” se compararmos o edifício a um conjunto mais vasto (o que corresponde, como dissemos, ao fato de que a pedra só pode ser colocada pelo alto), mas, se considerarmos esse edifício apenas em si mesmo e o simbolismo de suas diferentes partes, tal posição pode ser dita “celeste”, pois a base e o teto correspondem respectivamente, quanto ao seu “modelo cósmico”, à Terra e ao Céu. [Guénon]

Geosofia