A “pedra cúbica” é, em essência, uma “pedra de fundação”; ela é portanto “terrestre”, como indica aliás a sua forma e, além disso, a ideia de “estabilidade” expressada por essa mesma forma cabe inteiramente à função de Cibele enquanto “Terra-Mãe”, ou seja, representando o princípio “substancial” da manifestação universal. É por isso que do ponto de vista simbólico, a relação de Cibele com o “cubo” não deve ser rejeitada por completo, enquanto “convergência” fonética. Mas, bem entendido, isso não é motivo para querer extrair uma “etimologia” e nem para identificar à “pedra cúbica” uma “pedra negra” que na realidade era cônica. Há apenas um caso particular em que existe certa relação entre a “pedra negra” e a “pedra cúbica”, ou seja, quando esta última é, não mais uma das “pedras de fundação” colocadas nos quatro ângulos de um edifício, mas a pedra shetiyah [“fundamental”] que ocupa o centro da base, que corresponde ao ponto de queda da “pedra negra”, assim como, sobre o mesmo eixo vertical, mas na extremidade oposta, encontra-se a “pedra angular” ou “pedra do topo” e que, ao contrário, não sendo cúbica, corresponde à situação “celeste” inicial e final dessa mesma “pedra negra”. [Guénon]
pedra cúbica
TERMOS CHAVES: pedra