porta estreita

A correspondência “microcósmica” dessa “porta solar” é fácil de ser encontrada, sobretudo se nos referirmos à similaridade do domo com o crânio humano, que mencionamos anteriormente: o topo do domo é a “coroa da cabeça”, isto é, o ponto em que termina a “artéria coronária” sutil ou sushumna, que está no prolongamento direto do “raio solar” também denominado sushumna, e que é na realidade, ou pelo menos virtualmente, sua porção axial “intra-humana”, se é que se pode assim falar. Esse ponto é o orifício denominado Brahma-randhra, pelo qual escapa o espírito do ser em via de libertação, quando os laços que o unem ao composto corporal e psíquico humano (enquanto jivatma) foram rompidos. É claro que esta via está exclusivamente reservada para o caso do ser “conhecedor” (wid-wari), para o qual o “eixo” identifica-se de forma efetiva ao “sétimo raio”, e que está desde então pronto para sair em definitivo do “cosmo”, passando “além do Sol”. (Guénon)

René Guénon