Trinta e uma vilas habitadas por índios, pertencendo a seis grupos linguísticos distintos – partilham uma economia agrícola sedentária e numerosas crenças. Eles têm em comum com as antigas religiões da América Central o mito de várias criações e destruições do mundo. Todos reconhecem seres sobrenaturais, os kachinas, palavra que designa igualmente as máscaras cerimoniais pelas quais as presenças sobrenaturais acontecem na vida ritual dos Pueblos.

Os índios hopis têm um sistema complexo de confrarias religiosas, cada uma presidindo a uma das cerimônias periódicas. Os kachinas (que é também o nome de uma das sociedades religiosas) aparecem em público entre março e julho, enquanto de janeiro a março se exibem nos kivas ou câmaras cerimoniais. Em fevereiro, aquando da cerimônia Powamuy, as crianças são iniciadas no culto dos kachinas. Em julho, a cerimônia Niman («reentrada») fecha o ciclo dos kachinas, após o que se inicia o ciclo sem máscaras. Os símbolos mais importantes na vida ritual dos hopis são o milho, simbolizando a vida para este povo de agricultores, e as plumas de pássaro, supostamente transportando as orações dos humanos até aos espíritos.

O pueblo dos Sunhi conhece outras confrarias religiosas, incluindo a dos kachinas e a dos sacerdotes kachinas.

Os guerreiros kachinas surgiram entre os pueblos em 1680 e lutaram contra os colonizadores espanhóis, matando os seus padres e forçando-os a retirar-se para sul. Em 1690, o território foi reconquistado pelos espanhóis, à excepção do pueblo isolado dos hopis, que não foi nunca submetido à aculturação forçada. Os cultos sincréticos nasceram nos outros Pueblos. (Eliade e Couliano)