Luís IX (São Luís) rei de França 1226-70 (n. 1214) Casou com Margarida de Provença em 1234. Sua mãe, Branca de Castela, atuou como regente durante a menoridade do filho e parece ter conservado um certo controle sobre o governo até 1242, pelo menos. Luís adquiriu de Constantinopla a Coroa de Espinhos em 1239 e mandou construir a Sainte-Chapelle em Paris como repositório para a relíquia (1245-48). Com o objetivo de libertar a Palestina, comandou em 1249 uma Cruzada ao Egito e tomou Damieta no ano seguinte; mas em 1250 foi derrotado e feito prisioneiro em Mansurah. A recuperação da liberdade custou-lhe, a título de resgate, a capitulação de Damieta. Permaneceu então quatro anos fortificando baluartes cristãos na Síria, antes de regressar à França, onde se dedicou ao aperfeiçoamento da administração governamental, promulgando, por exemplo, decretos que tratavam das obrigações dos funcionários provinciais (1254 e 1256) e da circulação monetária (1263 e 1265). Sua obra encorajou avanços no sentido de uma diferenciação das funções judiciais e financeiras da curia regis, e isso levou ao começo da especialização do pessoal da administração pública.
O desejo de Luís de unidade pacífica entre príncipes cristãos em face da ameaça islâmica à Terra Santa levou-o a solucionar litígios em torno de questões de suserania com Aragão e com a Inglaterra pelos termos dos tratados de Corbeil (1258) e Paris (1259), respectivamente. Foi também reconhecido como árbitro internacional de elevado prestígio; entre seus mais notáveis trabalhos nesse campo mencione-se sua mediação entre Henrique III e seus barões, o que levou à assinatura da Ata de Amiens (1264). Luís voltou a partir na Oitava Cruzada em 1270 rumo a Túnis, mas faleceu vítima de disenteria ao desembarcar em Cartago. (DIM)