(in. Tritheism; fr. Trithéisme; al. Tritheismus).
Com este termo designa-se comumente a heresia trinitária que consiste em admitir três substâncias divinas relativamente independentes. Essa heresia foi sustentada no sec. V por João Filopono e no séc. XI por Roscelin, que, segundo relato de S. Anselmo, afirmava que “as três pessoas da trindade são três realidades, como três anjos e três almas, embora sejam absolutamente idênticas em vontade e potência” (De fide trinitatis, 3). Gilbert de la Porrée também se inclinava ao triteísmo, chamando de deidade a única essência divina, da qual participariam as três pessoas diferentes; é provável que Gioacchino Da Fiore (Joaquim de Fiore, séc. XII) adotasse esse ponto de vista. Trata-se de uma doutrina constantemente condenada pela Igreja. (Abbagnano)