gr. arete

A virtude é um raio da Beleza divina, na qual participamos por nossa natureza ou por nossa vontade, fácil ou dificilmente, mas sempre pela graça de Deus.


Não há acesso ao Coração sem as virtudes.


A virtude é a conformidade da alma ao Modelo divino e à obra espiritual; conformidade ou participação. A essência das virtudes é o vazio ante Deus, o qual permite às Qualidades divinas entrar no coração e irradiar na alma. A virtude é a exteriorização do coração puro.


A virtude é deixar passagem livre, na alma, à Beleza de Deus.


Esforçar-se até a perfeição: não porque queremos ser perfeitos para nossa glória, senão porque a perfeição é bela e a imperfeição é feia; ou porque a virtude é evidente, quer dizer, conforme ao Real.


A virtude separada de Deus se converte em orgulho, como a beleza separada de Deus se converte em ídolo; e a virtude vinculada a Deus se converte em santidade, como a beleza vinculada a Deus se converte em sacramento.


Toda virtude é uma participação na beleza do Uno e uma resposta a seu amor.


Uma virtude é um perfume divino no qual o homem se esquece de si mesmo.


A virtude implica no sentido de nossa pequenez tanto como no sentido do sagrado.


Não há virtude sem piedade, e não há piedade autêntica sem virtude.


Compreender uma virtude é saber como realizá-la; compreender um defeito é saber como vencê-lo. Entristecer-se porque não se sabe como vencer um defeito é não compreender a natureza da virtude correspondente e é aspirar a ela por egoismo. Agora bem, a verdade está por cima do interesse.

Ter uma virtude é antes de tudo ter o defeito que o é contrário, pois Deus não criou virtuosos. Nos criou a sua imagem; os defeitos são sobre-acrescidos. Além do mais, não somos nós quem possuímos a virtude, é a virtude que nos possui. (Schuon PP)