(Lispector1973)
Tenho que interromper para dizer que “X” é o que existe dentro de mim. “X” – eu ME banho nesse isto. É impronunciável. Tudo que não sei está em “X”. A morte? a morte é “X”. Mas muita vida também pois a vida é impronunciável. “X” que estremece em mim e tenho medo de seu diapasão: vibra como uma corda de violoncelo, corda tensa que quando é tangida emite eletricidade pura, sem melodia. O instante impronunciável. Uma sensibilidade outra é que se apercebe de “X” […]. Há objetos que são esse mistério total do “X”, como o que vibra mudo. Os instantes são estilhaços de “X” espocando sem parar.