Tem sido objetificado como “Cognição”.
tradução
Todos os aspectos de ser/estar-ciente são o que fenomenalmente sou,
Mas estes são desprovidos de ser neles mesmos,
Pois são manifestações de ser/estar-ciente.
Se com-ciência [awareness] pode se dizer ser cognoscível em absoluto,
Tal conhecimento é a suprema visão-interior,
E pode ser chamado de ‘vacuidade radiante’, manifestando-se como ‘Graça’.
Se sou/estou-ciente do radiância — isso pode ser o que sou,
Pois, sendo Com-ciência, também sou Radiância.
O que com-ciência é — sou,
O que com-ciência parece ser — não sou,
No entanto, sou o que todo objeto é,
Pois todo objeto é eu.
não-ser/estar-ciente [unaware] de ser/estar-ciente [aware].
Foi objetificado como “Vacuidade”.
Eis porque percebo com-ciência [awareness] como meu objeto,
O que não reconheço como sendo o que sou.
Tem sido objetificado como “Cognição”.
Este funcionamento, que é conhecido como “cognoscer”,
Inevitavelmente manifesta em uma extensão conceitual,
Que é denominada “espaço-tempo”,
E isto é experienciado por mim como “viver”.
Posto que nunca possa ser/estar-ciente de minha sem-ciência,
Nunca posso ser um objeto,
E eu somente, do qual não posso ser/estar-ciente, não posso ser conhecido.
Mas tudo de que sou/estou-ciente,
Deve necessariamente ser meu objeto,
E portanto deve ser o que sou,
Pois meu objeto e eu não somos dois. [tr. Antonio Carneiro]
original
All aspects of being aware are what phenomenally I am,
But these are devoid of being in themselves,
For they are manifestations of being-aware.
If awareness can be said to be cognisable at all,
Such cognising is ultimate inseeing,
And might be called ‘radiant voidness’, manifesting as ‘Grace’.
If I am aware of radiance — that may be awareness of what I am,
For, being Awareness, I am Radiance also.
What awareness is — I am,
What awareness seems to be — I am not,
Yet I am what every object is,
For every object is I.
Unaware of being aware.
It has been objectivised as ‘Voidness’.
That is why I perceive awareness as my object,
Which I do not recognise as being what I am.
It has been objectivised as ‘Cognition’.
This functioning, which is known as ‘cognising’,
Inevitably manifests in a conceptual extension,
Which is termed ‘space-time’,
And this is experienced by me as ‘living’.
Since I can never become aware of my unawareness,
I can never be an object,
And I alone, of which I cannot be aware, cannot be known.
But everything of which I am aware,
Must necessarily be my object,
And therefore must be what I am,
For my object and I are not two.