Não podemos conceber nada que não seja em um contexto de tempo. A intemporalidade é rigorosamente impensável, ou seja, impossível de conceber. Essa simples afirmação explica por que o “pensamento” e a “conceitualidade” são sempre apontados pelos Mestres como o obstáculo para o “despertar”.
O despertar é acordar do sonho do tempo em série para o estado normal do que somos intemporalmente. Por que não somos capazes de perceber a intemporalidade conceitualmente? Por que a intemporalidade é inconcebível?
Não está vendo a resposta? Quem está tentando conhecer quem? O que está perseguindo o quê? Rabos que não são pegos por seus gatinhos!
Por que não podemos objetivar a intemporalidade?
Não há duas mentes. Essa é a razão. Grandes mestres tão distantes no tempo e no espaço, como Huang Po e Ramana Maharshi, disseram isso categoricamente, em um contexto budista e vedantista, respectivamente, e todos os grandes mestres implicaram isso.
Não se pode supor que uma “mente”, como tal, busque objetivar isso pelo qual é capaz de objetivar, pois, ao fazê-lo, estaria objetificando o que ela mesma é. Somente a volição busca, e a mente não responde. Como poderia uma mente objetivadora objetivar a mente objetivadora que está objetificando?
Isso que está objetificando desde a intemporalidade está sendo chamado aqui de “mente”, mas não há duas, nem são diferentes. Como poderia haver duas, como poderiam ser diferentes? Temos duas cabeças fenomenais? Ou mesmo uma? São apenas duas imagens conceituais, usadas para fins descritivos, uma na terminologia psicológica, a outra na física, e ambas são descrições provisórias do que somos.