SIMBOLISMO — LITERATURA — RENÉ DAUMAL (1908-1944)
Embora pouco conhecido, foi um dos companheiros de André Breton, e um dos fundadores do movimento poético denominado “Le Grand Jeu”, na França. Tornou-se nos anos 1930 um seguidor de Gurdjieff. Daumal nos legou uma obra literária de respeito pela profundidade de sua percepção, sensibilidade e estilo.
—Acredito recordar que Daumal via no sânscrito a ocasião para um trabalho filosófico, como se a gramática do sânscrito predispusesse a uma certa metafísica, como se levasse ao conhecimento de si mesmo e do ser. Crê assim? Que benefícios lhe reportou o conhecimento do sânscrito?
—Tinha razão Daumal, todavia, no meu caso, não era tanto o valor, ou a virtualidade filosófica da língua em si mesmo, o que mais me interessava em princípio… O que pretendia acima de tudo, era dominar este instrumento de trabalho para ler uns textos que não destacavam precisamente por seu valor filosófico. Não eram o Vedanta, ou os Upanishads o que então me interessava, a não ser, acima de tudo, os comentários dos Ioga-Sutras, os textos tântricos, quer dizer as expressões da cultura indiana menos conhecidas no Ocidente, justamente porque sua filosofia não está à altura dos Upanishads, ou do Vedanta. Isto era o que me interessava mais que nada, pois aspirava conhecer as técnicas da meditação e da fisiologia mística, quer dizer o Ioga e o Tantra. Mircea Eliade ”A PROVA DO LABIRINTO”
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