sagas nórdicas

Boa parte da maior literatura vernácula da Idade Média foi produzida na Escandinávia nos séculos XII e XIII, mormente na Islândia. O nome dado a esses escritos, saga (“coisas ditas, histórias contadas”), revela a base oral a partir da qual a literatura se desenvolveu. Os contadores de histórias da Era Viking e do período posterior narravam em prosa ou em verso as tradições sociais do Norte. A literatura de saga está dividida em dois grupos principais: as sagas históricas e as sagas de família. O grupo histórico trata do período de expansão escandinava (c. 800-1050), com a colonização da Islândia e as expedições à Groenlândia e à Vinlândia; ocupa-se também dos séculos subsequentes na forma de relatos biográficos dos reis e (depois da chegada do Cristianismo através do norte no decorrer do século XI) dos bispos. Os mais notáveis autores foram Ari, o Sábio (Thorgilsson), que morreu em 1148, e Snorri Sturluson (m. 1241), cujas Eda em Prosa e Heimskringla representam o ponto supremo de realização literária em norueguês antigo. As sagas de família atingiram sua mais bela expressão na obra do sobrinho de Snorri, Sturla Thordsson (m. 1284) e dos compiladores seus contemporâneos. A maioria das grandes sagas é acessível ao leitor atual em traduções modernas e idôneas, incluindo Njálssaga, Laxdaelasaga, Egilssaga, sagas que tratam das Órcades e das Faroes, e a Saga de Eric, o Vermelho, que se refere ao povoamento da Groenlândia e às expedições à Vinlândia, na costa americana. Ver Edas (DIM)

Nórdicos