Sol e Lua

COSMOLOGIASOL E LUA

VIDE: LUZ


René Guénon: CORAÇÃO E CÉREBRO
Para que se compreenda o fato, voltaremos ao simbolismo já indicado,[[V. (Cap. 69) O Coração Irradiante e o Coração Ardente]] segundo o qual o coração é assimilado ao Sol, e o cérebro, à Lua. O Sol e a Lua, ou melhor, os princípios cósmicos representados por esses dois astros, são com frequência figurados como complementares, e o são de fato sob um certo ponto de vista; fica então estabelecido entre eles uma espécie de paralelismo ou simetria, cujos exemplos são encontrados facilmente em todas as tradições. É assim que o hermetismo faz do Sol e da Lua (ou de seus equivalentes alquímicos, o ouro e a prata) a imagem dos princípios ativo e passivo, ou masculino e feminino segundo um outro modo de expressão, que são de fato os dois termos de um verdadeiro complementarismo.[[É necessário notar também que, sob um certo ângulo, cada um desses dois termos pode por sua vez polarizar-se em ativo e passivo, o que explica as figurações do Sol e da Lua como andróginos; assim é que Janus, sob um de seus aspectos, é Lunus-Luna, como já assinalamos antes (Cap. 18, ALGUNS ASPECTOS DO SIMBOLISMO DE JANO). Pode-se compreender, por considerações análogas, que as forças centrífuga e centrípeta sejam, de um certo ponto de vista, relacionadas respectivamente ao cérebro e ao coração, e que, de um outro ponto de vista, sejam ambas referidas ao coração, como correspondentes às duas fases complementares de sua função central.]] Além disso, se considerarmos as aparências do nosso mundo, o que é legítimo fazer, o Sol e a Lua têm na verdade funções comparáveis e simétricas, sendo, de acordo com a expressão bíblica, “os dois grandes luzeiros: um governa o dia e o outro governa a noite” (Gen 1,16); são também designados, em certas línguas extremo-orientais (chinês, anamita, malaio), por termos igualmente simétricos, que significam “olho do dia” e “olho da noite”. No entanto, se formos além das aparências, não mais será possível manter esse tipo de equivalência, pois o Sol é por si mesmo uma fonte de luz, enquanto que a Lua apenas reflete a luz que recebe do Sol.[[Isso poderia ser generalizado: a “receptividade” caracteriza sempre e em toda parte o princípio passivo, de modo que não existe uma verdadeira equivalência entre eles e o princípio ativo, ainda que, num certo sentido, sejam necessários um ao outro, tornando-se ativo ou passivo apenas em sua relação mútua.]] A luz lunar é na realidade o reflexo da luz solar, o que nos permitiria dizer que a Lua, enquanto “luzeiro”, só existe por causa do Sol.


Simbolismo
Frédéric Portal: DO SIMBOLISMO DAS CORES
También la heráldica nos da la prueba; La Colombiére, cuando señala la relación que existe entre el oro y el amarillo, y entre la plata y el blanco, dice que, igual que el amarillo, que se obtiene del sol, puede considerarse el más alto de los colores, así es el oro el más noble de los metales; por eso, dice más adelante, lo han llamado los sabios hijo del sol… La plata es con respecto al oro lo que la luna con respecto al sol; y lo mismo que estos dos astros ocupan la primera fila entre los planetas, así sobresalen el oro y la plata sobre el resto de los metales (Science héroique, p. 30-31).
Eustates asegura que el oro estaba consagrado a Apolo, y que esa es la razón de que Homero atribuya a ese dios un cetro de oro. Millien observa que Homero nada dice de distribución de metales entre los dioses (Minéralogie bomérique, pág. 175). Ello, sin embargo, no quita su valor al testimonio del escoliasta. Por lo que respecta a la atribución de los cabellos rubios o dorados, Junii depictura veterum, pág 143. «La túnica de Apolo es de oro, su alamar, su lira, su arco, su carcaj y sus borceguíes son de oro. Brillan en torno a él el oro y las riquezas; pongo a la Pitia por testigo.» (Calimaco, Himno a Apolo)

Perenialistas – Referências