O abismo é antes de tudo uma imagem do Inferno, o Sheol. Na Índia, as regiões infernais do Patala que se encontram ao pé do Monte Meru se subdividem em sete círculos, dos quais seis “abismos”: Atala: o horrível abismo; Vitala: o terrível abismo; Soutala: o enorme abismo; Talatala: o abismo dos abismos; Mahatala: o grande abismo; Rasatala: o infecto abismo. Quanto ao Patala, ele é o abismo propriamente dito, o princípio abissal. Nestas regiões infernais habitam respectivamente as serpentes, os titãs, as grandes serpentes (as nagas), os espíritos da ilusão (Maya), um “formidável gigante” (mahabali), o “gênio do ouro” (Katakishvar) e enfim, no seio da região a mais profunda do Patala, o rei dos Nagas ele mesmo.
Notemos que existe inumeráveis outros abismos infernais.
Todavia o abismo pode também significar a Divindade primordial e indiferenciada, como no caso de Bythos, o abismo preexistente dos gnósticos valentinos.