tradução
Por favor, entenda como verdade que não és um indivíduo, uma “pessoa”. A pessoa que pensa que é é apenas um produto da imaginação e o eu é vítima dessa ilusão. “Pessoa” não pode existir por si só. É o eu, a consciência, que erroneamente acredita que existe uma pessoa e está consciente de ser ela. Mude teu ponto de vista. Não olhe para o mundo como algo fora de ti. Veja a pessoa que imaginas ser uma parte do mundo — realmente um mundo de sonhos — que percebes como uma aparição em tua consciência e observe todo o programa de fora. Lembres-te, não és a mente, que nada mais é do que o conteúdo da consciência. Contanto que te identifiques com o corpo-mente, estarás vulnerável à tristeza e ao sofrimento. Fora da mente, existe apenas ser, não ser pai ou filho, isto ou aquilo.
Estás além do tempo e do espaço, em contato com eles apenas no ponto do agora e aqui, mas, de outra forma, atemporal, sem espaço e invulnerável a qualquer experiência. Entendas isso e não sofras mais. Depois que perceberes que não há nada neste mundo que possas ou precises chamar de teu, o verás de fora, como vês uma peça no palco ou um filme na tela, admirando e desfrutando, talvez sofrendo , mas no fundo, completamente imóvel.
Original
Please understand as truth, that you are not an individual, a ‘person’. The person, that one thinks one is, is only a product of imagination and the self is the victim of this illusion. ‘Person’ cannot exist in its own right. lt is the self, consciousness, that mistakenly believes that there is a person and is conscious of being it. Change your viewpoint. Don’t look at the world as something outside of yourself. See the person you imagine yourself to be as a part of the world—really a dream-world— which you perceive as an appearance in your consciousness, and look at the whole show from the outside. Remember, you are not the mind, which is nothing but the content of consciousness. As long as you identify yourself with the body-mind you are vulnerable to sorrow and suffering. Outside the mind there is just being, not being father or son, this or that.
You are beyond time and space, in contact with them only at the point of now and here, but otherwise timeless, spaceless and invulnerable to any experience. Understand this and grieve no more. Once you realize that there is nothing in this world that you can or need call your own, you will look at it from the outside, as you look at a play on the stage or a movie on the screen, admiring and enjoying, perhaps suffering, but deep down, quite unmoved. (p. 8)