Para Boehme, o conhecimento verdadeiro é a participação do conhecedor no objeto conhecido. Vimos como um ser livre (por exemplo, Adão), por meio da imaginação, assimila sua natureza à de seu objeto. Essa visão do processo de conhecimento faz uma distinção nítida entre Vernunft e Verstand. Vernunft (razão natural) é um conhecimento superficial abstraído do mundo fenomênico, apreendendo apenas as aparências externas das coisas e relacionando discursivamente conceitos isolados. Verstand é um poder superior e intuitivo no qual o espírito conhecedor penetra na essência do objeto conhecido. Somente Verstand abrange em uma única visão os processos vivos que são formados por todas as partes que interagem em um todo orgânico. Uma pessoa pode “compreender” (verstehen) as naturezas reais das coisas por causa de sua afinidade ontológica com o mundo. No entanto, por causa de seu estado decaído, o poder total de Verstand vem somente com a ajuda da graça.
Brown (BLPS) – Razão e Compreensão
- Boehme (BSPM) – Seis Pontos Místicos
- Boehme (JB3P) – Três princípios da essência divina
- Boehme (JB40) – Quarenta Questões sobre a Alma
- Boehme (JB4T) – Quatro Quadros de Divina Revelação
- Boehme (JBAN) – Aurora Nascente
- Boehme (JBC) – Fundamento e Nada
- Boehme (JBCC) – Caminho para Cristo
- Boehme (JBEG) – Da Eleição e da Graça