Categoria: Ibn Arabi (1165-1240)

  • ilm (ciência) (Chodkiewicz)

    Ibn Arabi distingue três graus (de ciência): ‘ilm al-‘aql, a ciência adquirida por meio da operação do intelecto; ‘ilm al-ahwâl, a “ciência dos estados”, que só pode ser obtida por meio da experiência pessoal íntima (dhawq); e ‘ilm al-asrâr, a “ciência dos segredos”, que vem da infusão do Espírito Santo e pertence aos profetas e…

  • Gloton (MGAM) – Espírito de Deus (Ibn Arabi)

    O Espírito de Deus, nascido do Amor de ser conhecido, essa realidade é ao mesmo tempo Conhecimento ou Ciência divina, Amor divino e Aquele que tornará conhecidas as possibilidades divinas que ela transmite. No próprio Deus, o Espírito é o intermediário, ou barzakh, entre a Essência e a criação. Ele é o Pólo, o Eixo,…

  • Gril (IAA4P) – O Livro da Árvore e dos Quatro Pássaros

    O simbolismo da árvore e dos quatro pássaros Tendo alcançado o fim da perfeição por meio da realização de sua própria unidade, o Homem aparece não apenas como o fim da criação, mas também como seu princípio imediato; ele é então simbolizado pela Árvore e pelos quatro Pássaros. Estes, engendrando-se sucessivamente, são os aspectos complementares…

  • Gril (IAA4P) – O Livro da Árvore e dos Quatro Pássaros (A Pomba)

    A Pomba: (al-warqa al-mutawwaqa), Alma Universal, Mesa Protegida (al-lawh al-mahfuz). Por que a pomba é a primeira a falar, embora venha da águia, “o primeiro de todos os seres existentes”? Em primeiro lugar, ela aparece como um símbolo do Espírito Santo, empoleirada na “árvore de jujuba do Limite” (sidrat al-muntaha), um limite que não pode…

  • Gril (IAA4P) – O Livro da Árvore e dos Quatro Pássaros (A Águia)

    A Águia: (al-‘uqâb al-mâlik), Primeiro Intelecto ou Ca-lame Superior. O surgimento desse primeiro ser existencial é, de acordo com Ibn Arabi, o resultado de uma teofania (tagalli) por meio da qual Deus se manifesta. O reflexo dessa manifestação é o intelecto, a autodeterminação do Princípio. Como a primeira limitação na Existência, o intelecto não pertence…

  • Gril (IAA4P) – O Livro da Árvore e dos Quatro Pássaros (Fênix)

    A Fênix: (al-garîbat al-‘anqâ), Hylé, materia prima ou poeira primordial (al-haba). Filha da Águia e da Pomba, a ‘anqa (o nome é feminino) representa a possibilidade universal, a mistura de ser e não-ser na qual os seres particulares se destacam. Ela constitui o pano de fundo, a tela imperceptível que revela a luz do ser,…

  • Gril (IAA4P) – O Livro da Árvore e dos Quatro Pássaros (O Corvo)

    O Corvo: (al-gurâb al-hâlik), corpo universal (al-gism al-kullî). Filho do ‘anqa e o último desses quatro princípios, a cor escura do corvo simboliza o desenvolvimento final da manifestação. O “corpo” deve ser tomado aqui em seu sentido mais amplo, como um princípio que abrange tudo o que determina os seres particulares: qualidade e quantidade, formas,…

  • Affifi (29) – Ser Absoluto – Realidade – Existência

    A premissa de Ibn Arabi é a visão panorâmica — olhar para uma pirâmide de seu ápice para baixo, em vez de ver a pirâmide de sua base e olhar para cima em direção ao seu ápice. O ápice do pensamento de Ibn Arabi é o ponto que é o “Ser Absoluto”. Ibn Arabi usa…

  • Coates – Retrato da Realidade de Ibn Arabi

    Sem dúvida, a chave para entender todo o corpus de Ibn Arabi está na ideia central de wahdat al-wujud — a Unicidade do Ser. Para Ibn Arabi, wahdat al-wujud (também traduzido como a Unidade ou Unicidade da Existência) é um fato ontológico inescapável. O referente dessa descrição condensada é o Ser — não um ser…

  • Murata (TaoIslam) – Sinais de Deus

    O Alcorão afirma repetidamente que todas as coisas são “sinais” (dyat) de Deus, ou seja, que tudo dá notícias da natureza e da realidade de Deus. Como resultado, muitos pensadores muçulmanos, especialmente os cosmólogos, veem tudo no universo como um reflexo dos nomes e atributos divinos. Esses nomes e atributos representam qualidades, como majestade, beleza,…

  • Ibn Arabi (IAPC) – A Produção dos Círculos (apresentação de Maurice Gloton)

    O tratado inteiro, que ocupa trinta e quatro páginas na edição original, consiste em um preâmbulo e dois capítulos (façl). O segundo capítulo é subdividido em quatro seções (bab), cada uma das quais contém uma tabela. Para tornar a estrutura do texto mais clara, tomamos a iniciativa de introduzi-las com títulos significativos, que listamos abaixo:…

  • Belos Nomes

    Maurice Gloton: Introdução ao TRAITÉ SUR LE NOM ALLAH, de Ibn Ata Allah O Profeta — sobre ele graças e paz — disse: «Alá tem noventa e nove Nomes; aquele que os recita — ou os retém — entra no Paraíso». Os seres referidos por este hadith se dividem em três categorias: Aqueles que os…

  • Morris (MorrisRH) – Coração Reflexivo

    DESCOBRINDO A INTELIGENCIA ESPIRITUAL NAS ILUMINAÇÕES DE MECA DE IBN ARABI Trata-se de um livro sobre os caminhos onde gradativamente descobrimos a significação profunda dos elementos familiares de nosso cotidiano — não apenas aqueles momentos memoráveis que ordinariamente vemos como “espirituais”. A inteligência espiritual — a interação iluminativa de nossa experiência, reflexão e prática individuais…

  • Chittick (SPK) – duas denotações dos nomes divinos

    Todo nome divino significa ou denota (dalala) duas realidades: a Essência Divina e uma qualidade específica para si mesmo que o separa ou “distingue” (tamayyuz) de outros nomes divinos. (Chittick) Os nomes dos nomes são diversos apenas por causa da diversidade de seus significados (maud). Se não fosse por isso, não seríamos capazes de distinguir…

  • Chittick (SPK) – poder de transmutação (tahawwul)

    Realidades, raízes e suportes são todos redutíveis às coisas e situações conhecidas por Deus, ou seja, os objetos do conhecimento divino (ma’lumat). Em uma passagem, Ibn Arabi explica esse ponto ao discutir o poder de alguns dos amigos de Deus de entrar no Mundo da Imaginação e aparecer para diferentes pessoas ou até mesmo para…

  • Ibn Arabi (IAKK) – a crença do gnóstico

    Um dos assuntos especiais que Ibn Arabi quer explicar em seu Futuhat-al-Makkiyah é o seguinte: “Se um gnóstico (arif) é realmente um gnóstico, ele não pode ficar preso a uma forma de crença. Ou seja, se um possuidor de conhecimento é conhecedor do ser em sua própria ipseidade, em todos os seus significados, ele não…

  • Ibn Arabi (IAKK:1-3) – reconhecimento

    Um hadith explica assim: Quando as pessoas destinadas ao Paraíso chegam a seus postos, o Senhor oferece um vislumbre, abrindo um pouco a cortina que esconde Sua Grandeza e Grandiosidade, e diz: “Eu sou o seu grandíssimo Senhor”. Ou seja, sou o grande Deus que há anos ansiavam e desejavam ver. Essa revelação de Deus…

  • Ibn Arabi (IAKK:2-3) – conhecer a si mesmo

    De fato, no Alcorão Sagrado é dito o seguinte: “A pessoa que é cega neste mundo também é cega no outro”, o que significa que aquele que não abriu seu olho do significado aqui será da mesma forma cego quando se mudar para o outro mundo. Consequentemente, ele não será capaz de ver a Revelação…

  • Michel Chodkiewicz – O Selo dos Santos

    PROFECIA E SANTIDADE NA DOUTRINA DE IBN ARABI (MCSS) Os trabalhos de Miguel Asin Palacios, de Henry Corbin, de Toshihiko Izutsu revelaram ao público ocidental a figura singular de Ibn Arabi. Se os grandes traços de sua metafísica começam a ser conhecidos, sua hagiologia quase não foi explorada, embora se constitua na primeira formulação global…

  • Chodkiewicz (MCSS) – Dupla Escada

    Michel Chodkiewicz — O Selo dos Santos (MCSS) A Dupla Escada A hagiologia akbariana se ordena ao redor de três noções fundamentais: wiratha — a herança de uma ciência espiritual ou de um modo de conhecimento de Deus próprio a um dos modelos proféticos — explica as formas da santidade. niyaba — a substituição do wali…