Civilização Ocidental

CIVILIZAÇÃO DO OCIDENTE

Francisco García Bazán: RENÉ GUÉNON OU A TRADIÇÃO VIVENTE

La civilización occidental también se ha nutrido de elementos tradicionales, pero nunca en forma incorrupta, sino captados y trasmitidos bajo el velo de la afección sentimental, es decir que la tradición occidental no ha sido metafísica, sino religiosa. Y esto hasta que mantuvo vigencia y en especial en el medioevo en el que la religión cristiana inspiraba un orden institucional que simultáneamente era político-social. Fueron aquellos los tiempos de la cristiandad y del imperio. De las corporaciones de operarios puestos al servicio de ideales caballerescos y monásticos y de las “milicias de Dios”, que armonizaban el ideal guerrero subordinado por ley interna a intereses religiosos superiores. La unidad de esta estructuración tradicional no resistió los embates antitradicionales de los tiempos encarnados en el laicismo combativo de Felipe IV de Francia primeramente, y más tarde en “el humanismo renacentista y la maduración histórica de este antropocentrismo nivelador de conciencias, el individualismo librepensador de la Reforma protestante. La cristiandad, como universo conceptual tradicional se dispersó en un mosaico de teorías apoyadas en individualidades infranqueables y el concurso imperial en suma de nacionalidades. Desde entonces Occidente es una civilización anómala, porque es anárquica, porque se ha alejado de la tradición y nada existe que la sustente. Queda, sí, el catolicismo que cada día es más lábil tradicionalmente y observa los principios superiores bajo una bruma más densa.

Porque el cristianismo como tradición religiosa es religión y relectura. Enlace firme e indestructible con un Dios personal, pero, por ello, comunidad espiritual que reitera con reverencia y respeto creencias recibidas (el dogma o la doctrina, el nivel intelectual de toda religión), los ritos (el ingrediente litúrgico insustituible, aspecto religioso de acento social y sentimental) y las normas éticas que mantienen volitivamente reunido y actuando según intenciones absolutas al cuerpo social. Pero si una religión atenúa su lazo trascendente, enseguida se perciben las consecuencias internas de esta relajación: el dogmatismo racional, el convencionalismo ceremonial y el formalismo moral ocupan el puesto de los componentes sanos, el influjo civilizador también se enerva y el carácter superracional, que en el ejemplo del cristianismo queda confirmado por la catolicidad que ya impregna el ideal primitivo de la cristiandad, falto de energías, hasta puede llegar a subvertirla en una “religión de estado”.

Frithjof Schuon: O ESOTERISMO COMO PRINCÍPIO E COMO VIA

  • Quanto à filosofia profana e propriamente racionalista dos gregos, personificada sobretudo por Protágoras, e da qual Aristóteles não é totalmente indene, ela representa um desvio da perspectiva que normalmente cede lugar à gnosis ou ao jnâna. Mas quando essa perspectiva está separada da Intelecção pura e, portanto, de sua razão de ser, torna-se fatalmente hostil à religião e permeável a todas as aventuras. Os sábios da Grécia não precisavam dos padres da Igreja para saber disso, e os padres da Igreja não puderam impedir que o mundo cristão caísse nessa armadilha. Contudo, pelo civilizacionismo, que ela torna seu a fim de não deixar escapar nenhuma glória, a Igreja assume paradoxalmente a responsabilidade do mundo moderno — qualificado de “civilização cristã” —, que, no entanto, nada mais é que a excrescência da sabedoria humana estigmatizada pelos padres.
  • As civilizações orientais, em sua decadência cíclica, desfiguraram ou corromperam relativamente os princípios. A civilização ocidental moderna os nega, o que corresponde a matar o paciente para acabar com a doença; o kali-yuga está em toda parte.
  • …a história da civilização ocidental é feita de traições culturais dificilmente compreensíveis — ficamos surpresos com tanta incompreensão, ingratidão e cegueira — e, sem dúvida, essas traições aparecem mais visivelmente nas suas manifestações formais, isto é, no ambiente humano que, em condições normais, deveria sugerir uma espécie de Paraíso terrestre ou de Jerusalém celeste, com todo o seu simbolismo beatífico e sua estabilidade.

    Ananda Coomaraswamy: O QUE É CIVILIZAÇÃO?

  • Por um lado, a tradição inspirada rejeita a ambição, a competição e os padrões quantitativos; por outro, a nossa “civilização” moderna está baseada nas noções de progresso social, livre iniciativa (quem ficar para trás que se arranje!) e produção em quantidade. Um considera as necessidades das pessoas, necessidades essas que “aqui em baixo não são poucas”; o outro considera os seus desejos, para os quais não é possível estabelecer limites e cujo número é multiplicado artificialmente pela propaganda. Na realidade, o fabricante que trabalha para ter lucros precisa criar um mercado mundial que se expanda eternamente para consumir o excesso de bens produzidos por quem o dr. Schweitzer chama de homens superocupados. É basicamente o incubo do comércio mundial que transforma as “civilizações” industriais numa “praga da humanidade”; e do conceito industrial de progresso “em linha com a empresa que fabrica civilização” surgiram e surgirão guerras; foi do mesmo solo empobrecido que nasceram impérios e foi por essa mesma ambição que inúmeras civilizações foram destruídas: pelos espanhóis na América do Sul, pelos japoneses na Coreia e pelas “sombras brancas nos Mares do Sul”.
  • Se de fato o nosso industrialismo e a nossa prática de comércio são a marca da nossa falta de civilização, como podemos ousar propor ajudar os outros a “atingir uma condição de bem-estar”? Nós fizemos a carga que encurva primeiro os nossos próprios ombros. Precisaremos dizer que, devido a “determinações econômicas”, estamos “impotentes” para sacudi-la e ficar de novo eretos? Isso seria aceitar o estado social de epigoni de uma vez por todas e admitir que a nossa influência só consegue abaixar a dos outros até o nosso próprio nível.

  • Perenialistas – Referências