Em algumas páginas gostaria de considerar como ME apareceu o fato, que entre todas as místicas que podem nos dar a conhecer nossa ciência das religiões, a mística persa se caracteriza como tendo sempre tendido à expressão musical e como não tendo encontrado sua expressão acabada senão nesta. A sorte da música no Islã não seguiu, ao longo dos séculos, o mesmo curso que no Ocidente; sem dúvida porque aqueles que condenavam o uso não viam nela senão uma diversão profana. Em revanche, o que nossos místicos produziram, é algo como o equivalente do que chamamos música sagrada; e a razão é tão profunda que, se a compreendemos, toda música, na condição que seja dada a sua finalidade suprema, nos aparecerá como não podendo ser senão uma música sagrada. Mas não está aí um novo paradoxo?
Corbin (Irã) – Do sentido musical da mística persa
- Corbin (HFI) – História da Filosofia Islâmica
- Corbin (HFI) – Razi
- Corbin (HFI) – Semnani ou Simnānī
- Corbin (HL:19-20) – Tu és eu
- Corbin (HL:24-27) – A ideia hermética da Natureza Perfeita
- Corbin (HL:31-36) – Récit de l’exil occidental
- Corbin (HL) – Fravartis
- Corbin (HL) – Homem de Luz no Sufismo Iraniano
- Corbin (HL) – Luz sobre Luz