Três postulados que são fundamentais para a teoria das cores de nosso xeique Kermani:
- Importa distinguir rigorosamente entre a existência (wujud) e a manifestação (zohur) da cor. Porque não foi feita esta diferença, os filósofos dispensaram esforços em vão. A cor pode existir e no entanto não ser manifestada: será preciso portanto determinar em consequência a relação entre luz e cor.
- Esta relação não está a reger, sem mais, ao nível das condições físicas de nosso mundo. Se a posição de nosso autor aparece como aquela de um platonismo rigoroso, até extremo, ele é com efeito alimentada por toda substância da teosofia xiita. É por uma «descida dos arquétipos» dos mundos superiores que se tenta explicar todos os fenômenos de nosso mundo terrestre, inclusive o fenômeno das cores.
- A noção de composto (morakkab) se estende a todos os graus do universo, inclusive os universos suprassensíveis. Em consequência o fenômeno da cor se estende igualmente à totalidade destes universos, tanto que a hermenêutica das cores fará uso não de uma simbolismo abstrato, mas de uma simbólica fundada sobre um realismo espiritual integral.